SUPERBACTÉRIA: Interditada a UTI do hospital Edson Ramalho

 

Após seis meses de trégua, a bactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), conhecida como superbactéria, volta a contaminar pessoas na Paraíba. O caso mais recente é o de uma mulher que está há dez dias isolada na UTI do hospital Edson Ramalho, em João Pessoa.

O caso foi divulgado nesta quinta-feira (09/06), depois que equipes do Ministério Público e do Conselho Regional de Medicina (CRM) faziam um inspeção no hospital. De acordo com a Secretaria de Saúde da Paraíba, este seria o segundo caso, sendo o primeiro no Hospital Dom Pedro I em Campina Grande.
Por conta desse novo caso, a UTI do hospital está interditada atendendo apenas a paciente contaminada com a superbactéria e outras seis pessoas que tiveram contato com ela. A paciente infectada está em tratamento, mas ainda corre risco de morte.
O diretor do hospital, Thaelman Dias de Queiroz, informou que a UTI só será desinterditada depois da recuperação dos pacientes e também após um procedimento de desinfecção da UTI.
No ano passado foram notificados 34 casos da superbactéria com 25 mortes na Paraíba.
Bactéria
A KPC é um tipo de enzima que tem provocado resistência de algumas bactérias aos antibióticos mais usados. Ela atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de um objeto comum. A lavagem das mãos é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais.
Superlotação
Ainda durante a inspeção, as equipes constataram a superlotação na unidade hospitalar. Uma mulher contou à equipe da TV Cabo Branco que há seis dias sua mãe está sendo atendida em uma maca no corredor do hospital Edson Ramalho. As equipes também registraram problemas no piso do refeitório.
Já no Banco de Leite e na UTI neonatal, a fiscalização disse que as instalações são satisfatórias.

Com pbacontece