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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Memórias da Serra de Dona Inês

Em meados dos anos de 1970, quando Dona Inês ainda era carinhosamente chamada por seus munícipes, de serra de Dona Inês, o poder das oligarquias locais, representadas pelo então Prefeito Joaquim Cabral de Melo, travava um embate com a igreja católica, que tinha no padre belga, José Floren, um gigante na luta pelos menos favorecidos economicamente.  Existia uma  tensão constante entre essas duas forças.
            Recordamos que quando foi colocada a pedra  fundamental para erguer a igreja matriz, os fiés foram buscar as pedras do Lajedo da Serra e as trouxeram na cabeça, em procissão.
            Era a época do auge das comunidades eclesiais de base e a luta pela posse da terra começa a desabrochar. Os grandes fazendeiros viam com ameaça as pregações dos padres, chamados por eles de padres comunistas.
Ex-Pref. Joaquim Cabral
Pe. José Florem
            Por conta disso, em Dona Inês, foi marcada um grande evento religioso, para comemorar a construção da nova igreja matriz . Vieram caravanas de vários municípios e a cidade foi tomada por fiéis, a grande maioria agricultores, que trouxeram as suas ferramentas de trabalho (enxada, foice, pá) para a celebração.                 O prefeito Joaquim Cabral, de temperamento intempestuoso, acreditava que os padres iriam atacá-lo durante a pregação. Como ele não era de levar desaforos para casa, solicitou que fosse colocado ao lado da Igreja (onde é o colégio Estadual), carro de som, para que tivesse a oportunidade de se defender caso os padres falassem mal dele.
            A cidade naquele dia estava temerosa de que ocorresse uma tragédia sangrenta. Corria boatos que a prefeitura iria ser destruída a golpes de foice e enxada.
Graças ao bom senso dos padres que não atacaram verbalmente Joaquim Cabral (pelo contrário, elogiaram a limpeza e ordem da cidade), o dia terminou tranquilo e todos voltaram para suas casas em paz.
OBS.: o que poucos sabem é que o carro de som (colocado estrategicamente), estava repleto de armas: rifles e espingardas, e que os empregados de Joaquim Cabral estavam a postos para entrar em ação, caso os padres falassem algo que desagradasse o fazendeiro.
Fonte: Chicute
Com Blog Cultura, Turismo e Meio Ambiente

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